Primeiro dia

27 de maio de 2009 1 Comentário

Confesso que decidimos aceitar o convite para essa caminhada exclusiva no deserto boliviano não apenas por gosto pessoal, mas pela nossa procura constante de lugares na Bolívia que surpreendam espíritos aventureiros cansados da 'sala de jantar'.

Nosso primeiro dia, começou bem. Andando de lado a mais de 45°.

 
(Nosso paciente guia Severino. Sem essas mãos e pés de inca eu não teria chegado tão longe).

(Meu acompanhante capricorniano de travessia fez as contas e afirmou que, sim, caminhamos a mais de 45º de inclinação).

As primeiras duas horas são de subidas intensas entre povoados perdidos que estão a mais de 3 mil metros de altitude.
Mas o que viria nos trechos seguintes transformou-se em um pesadelo cheio de simbologias que eu ainda tento decodificá-las.
Nossa real missão era divulgar, como um novo produto turístico, a caminhada que estávamos fazendo. No entanto, não sabíamos que éramos os primeiros (além dos incas experientes, claro) a pisar terreno tão acidentado e cheio de armadilhas.

Bordeamos abismos, caminhamos em chão escorregadio sobre rochas pontiagudas e nos agarramos em algumas árvores para seguir caminho.

(Essa foi uma das únicas fotos que tive coragem de tirar do primeiro dia da travessia. Para chegar a esse ponto de vista, tivemos que escalar as rochas da frente e, no meu caso, andar de quatro até a ponta da rocha seguinte. Ridículo, engraçado, mas extremamente perigoso e sem nenhum item de segurança adequado).

Chegamos tensos na cidade seguinte, La Ciénaga, depois de 10 horas de caminhada.
Fome, sede e cansaço eram as únicas sensações conhecidas.
E o herói daquele dia foi o Dezinho que, bravamente, carregou nosso pequeno mundo nas costas.


1 comentários:

Anônimo disse...

que apuros hein!!! hehehehehe
Acho que agora mais do que nunca é que o Du ficou traumatizado com a Bolivia, e de quebra o Dezinho tbm hehehehe

Suelen
bjoossss

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