Com quantas cores se pinta um céu?

31 de janeiro de 2008


O verão patagônico surpreende.

São 17 horas de infinitas tonalidades de cores durante o mesmo dia. À noite, o sol se recusa a ir embora e insiste em manchar o céu com variadas possibilidades de amarelo, laranja e vermelho.



Em Puerto Pirámides, nosso primeiro grande destino na Patagônia, decidimos desafiar o céu e nos propusemos a esperar o fim do pôr-do-dol. Perdemos. Eram 11h30 da noite, e ele continuava a brincar de se esconder. Naquela noite, fomos para casa sem saber qual foi a última cor da paleta daquele pintor.

No Ushuaia, na Terra do Fogo, alguns minutos de ajuste da máquina eram fatais. As cores e o clima mudavam em questões de minutos. Perdemos várias vezes.
Não só de geleiras e pingüins se faz uma Patagônia, as formas e as cores também são personagens importantes.
Edu





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Gaiman - Cidade Galesa

23 de janeiro de 2008

A cidade ainda guarda as tradições da época colonial

Nossa planejada viagem começou a querer se "desplanejar" em Gaiman. E era isso que estávamos buscando.

Depois de alguns dias entre paredes de pedras gigantes em Puerto Pirámides, decidimos alugar um carro para ganhar um pouco mais de tempo, sair da rotina e economizar um pouco de dinheiro (um atitude nada de mochileira, mas que nos permitiu ir a lugares mais escondidos e dar uma organizada nas malas).

Passamos aquela noite em Gaiman, um vilarejo que um dia fora uma colônia fundada por galeses fugidos da Europa. As construções típicas da época colonial e a seqüência de álamos que protegem as plantações dos ventos dali nem parecem estar na desértica Patagônia.

A hospedagem no local fugiu do nosso orçamento ($98), mas foi suficiente para que pudéssemos tomar fôlego para seguir a descida à Terra do Fogo.

Edu

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Bosques Petrificados

14 de janeiro de 2008

( Bosques Petrificados - Jaramillo)




Na Patagônia, na lendária Ruta 3, encontra-se a entrada do Monumento Natural Bosques Petrificados. Sao impressionantes 15.000 hectares de uma estepe desértica onde repousam troncos de 150 milhoes de anos que foram petrificados pelas cinzas de vulcoes durante o período Jurássico.


As imensas árvores de 100 metros de altura que formavam o bosque naquela época desapareceram quando as Cordilheiras dos Andes, num movimento violento da Natureza, "decidem " vir à tona.


Mas a oportunidade única de testemunhar essa jazida fóssil tem o seu preço.


Os Bosques Petrificados estao a 140 km de Jaramillho (90 km pela Ruta 3 e mais 50km em uma estrada de pedra e areia). Mas como nao há transporte para chegar ali, tivemos que recorrer a uma velha prática patagônica: a carona.


Um caminhoneiro sério e calado nos levou ao km 2073 da estrada, onde fica o inìcio do caminho para parque, e ali ficamos 2 horas esperando que alguém nos desse outra carona.


Debaixo de um sol castigador e um vento patagônicos, comendo barrinha de cereal e tomando àgua, um italiano nos levou até a entrada do parque. Com ele ainda ganhamos um passeio grátis de montanha-russa. O ragazzo corria barbaridades numa estrada de rípio e cheia de curvas.


É o que se paga para voltar 150 milhoes de anos no Túnel do Tempo.





Edu

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Colônia

12 de janeiro de 2008

(Calle de los Suspiros, Colonia del Sacramento, Uruguai)

Finalmente chegamos em Buenos Aires e vamos tentar atualizar o blog.

Chegamos ao albergue de Colônia do Sacramento, no Uruguai, no dia 24/12/07, depois de ter andado mais ou menos 2 km carregando nossas mochilas, pois pedimos ao motorista do ônibus para parar perto do camping que vimos no guia. Porém acabamos descobrindo mais tarde que ele está fechado há 1 ano.
Colônia, a primeira cidade fundada no Uruguai, foi colonizada por portugueses. Sua origem ainda pode ser percebida pela típica arquitetura lusitana do século XVII e suas ruas de pedra.
O pequeno centro histórico é declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
É possível também conhecer as tradições hispânicas, como o bairro vizinho Real de San Carlos e suas ruínas espanholas.


(Antiga Praça de Touros, Real de San Carlos, Uruguai)


Colônia fica a apenas uma hora de Buenos Aires, cruzando o Rio da Prata em uma balsa. A opção mais econômica e rápida é o ticket vendido pela Colonia Express para embarque às quartas (R$ 45).



André

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Chegamos à Patagonia

3 de janeiro de 2008

Sao 5h20 da manha do dia 27 de dezembro. Estamos dentro de um onibus desde as 13h do dia 26.
Saímos de Buenos Aires sem ter noçao do que significa chegar tao longe, e acho que ainda vai demorar um pouco para entende-lo.
A caótica capital ficou para trás.
Agora, nessa Patagonia desértica e solitária que escolhemos passar os últimos dias do ano, o caos dá lugar à ordem; o ruído virou silencio; a estrada plana substituiu as esquinas perigosas da capital; os tons que mancham o céu deixam para trás os cartazes de cores vibrantes e apelativas dos comércios, e o que era uma visita, virou uma renúncia.
Edu

PS: Estamos saíndo hoje de madrugada para o Ushuaia, Terra do Fogo. A Internet por aqui é muito lenta e cara, por isso estamos devendo muitas histórias. Prometemos atualizar quando for possível.
Abraços a todos.

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