Deserto do Atacama

1 de setembro de 2008




E ainda dizem que o oásis é ilusão. Não no Deserto do Atacama.

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Paraíso Branco

27 de agosto de 2008


"Salar do Uyuni" - Bolívia

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Chegada à Bolívia

Saí da fronteira às 15h30 em um trem com ares de transporte de luxo. Mas logo a Bolívia foi mostrando a sua cara.

Lá fora, uma geografia empoeirada foi pintando os vagões, janelas e...

a minha roupa.

Quando chegamos à cidade do Uyuni, o trem azul havia assumido um curioso tom marrom.

Desci do vagão às 23h30 quando os termômetros na aveida principal marcavam 5 graus negativos.

No hotel, corri para tomar banho e me livrar da Bolívia.

Não havia água, estava congelada.

Sorria... você está na Bolívia.

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Pinturas Rupestres de Tilcara




Pobres espanhóis,


pensaram que conseguiriam.

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Purmamarca - Quebrada de Humahuaca

19 de agosto de 2008

A fala dos habitantes daqui é mansa, as passadas são lentas e o olhar é penetrante.
Cada palavra é escolhida milimetricamente para não lhe faltar ar. Aliás, o ar por aqui é 'produto' raro. Todos o usam para respirar e para tocar seus tocantes instrumentos de vento.
Purmamarca, destino árido na Quebrada de Humahuaca, está a 2192 metros sobre o nível do mar.





Aqui, há um cerro chamado Siete Colores. Dizem que ele tem sete tonalidades de cores. O viajante é capaz de jurar que há muito mais diante da variedade de tonalidades.





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Salta, la linda

Você tem certeza de que conhece a Argentina???
Cheguei a Salta, noroeste do país, e descobri que preciso rever conceitos sobre o país. O tom claro europeizado dá lugar ao tom escuro indígena; os cabelos claros, escurecem; e o ritmo frenético da capital se torna lento e cansado. Serão os metros a mais sobre o nível do mar?
Salta, la linda...

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Buenos Aires

16 de agosto de 2008


Buenos Aires é uma daquelas cidades que não se cansam de se reinventar para surpreender o viajante que chega (mesmo que ele esteja chegando à cidade pela décima vez).
Hoje decidi deixar a capital se mostrar de outra forma e tomei um ônibus comum (86) no aeroporto internacional de Ezeiza por $1,8o (achei que os 90 pesos por um táxi era abusivo para um visitante que conhece as diversas faces da cidade).

Algumas voltas por barrios periféricos da capital, cheguei por fim à Praça de Maio para tomar o metrô em direção a Palermo Soho.

As malas jogadas no chão, as pernas cruzadas e um olhar distante e cansado de quem ainda precisa chegar bem mais longe. Antes do apito de aviso de saída do próximo trem, um "mago" entra no vagão, abre uma maleta prateada sobre o chão e começa a desafiar os passageiros com alguns truques. E entre um passe de mágica e outro, confessa: "Entre ser ou não ser: eu prefiro ser".

Pronto... a cidade de Buenos Aires foi capaz, mais uma vez, de me surpreender com uma daquelas atrações que nenhum guia turístico se atreve a dizer.

Edu

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Porto Alegre alegre

2 de maio de 2008


O Porto não seria Alegre se não fosse Mário, e esse deixaria de ser Quintana sem Porto Alegre.
Na beira do Guaíba, ganham-se minutos extras de vida e de inspiração contemplando o pôr-do-sol.


AH! OS RELÓGIOS


Amigos, não consultem os relógios


quando um dia eu me for de vossas vidas


em seus fúteis problemas tão perdidas


que até parecem mais uns necrológios...





Porque o tempo é uma invenção da morte:


não o conhece a vida - a verdadeira -


em que basta um momento de poesia


para nos dar a eternidade inteira.





Inteira, sim, porque essa vida eterna


somente por si mesma é dividida:


não cabe, a cada qual, uma porção.





E os Anjos entreolham-se espantados


quando alguém - ao voltar a si da vida -acaso lhes indaga que horas são...


(Mário Quintana)

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Maior cânion da América Latina

(cânion Itaimbezinho em Cambará do Sul - RS)
Se Deus é brasileiro, ninguém conseguiu provar ainda. Mas eu posso assegurar que Ele deu uma caprichada quando resolveu "rasgar" algumas montanhas da região sul do nosso país. Prova disso são os paredões de até 900 metros que se encontram no Parque Nacional Aparados da Serra, área preservada entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Essa região é conhecida pelos diversos cânions que se formaram ali ao longo dos últimos 130 milhões de anos. O maior e mais famoso deles recebe o nome de Itaimbezinho, "pedra afiada" na língua tupi-guarani. O nome não poderia ser outro: grandiosas rochas parecem ter sido afiadas pela mão do homem, ou de Deus (quem sabe!!!)


Pare se chegar a essa grandiosidade natural, percorrem-se 6 km pela Trilha do Cotovelo, um caminho fácil de terra que dá acesso ao mirante de onde o visitante tem 70% da visão do cânion. O início da caminhada fica logo na entrada do parque e pode ser feita em três horas (entre ida e volta).

(A beleza das araucárias ao longo de todo o percurso amenizam o frio e a umidade típicos da região)


Na boca do cânion, avista-se a cachoeira "Véu da Noiva", uma queda d´água de 720 metros que jorra suas águas no vale dos rios que cortam os paredões do Parque Nacional. E é ali que se tem a verdadeira dimensão do que significa estar sobre um cânion, pelo menos até onde está permitido chegar. Dali do alto, vê-se a insistência da natureza em seguir caminho. Assim como o "Poeminho do Contra", do gaúcho Mario Quintana, "Todos estes que aí estão, atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!"


O Parque Nacional Aparados da Serra fica em Cambará do Sul, a 202 km de Porto Alegre, e a 40 km de Praia Grande, já no estado de Santa Catarina. Está aberto de 4ª a domingo e cobra R$6,00 de entrada, além de R$5,00 pelo estacionamento.
fotos e texto: Eduardo Vessoni

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E a Patagônia vai cada vez mais longe...

6 de março de 2008


"Perseguiré los rastros de ese afán"
http://viagem.uol.com.br/ultnot/2008/03/06/ult4466u202.jhtm

http://viagem.uol.com.br/album/patagonia_exposicao_album.jhtm

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Nossa exposição no UOL

28 de fevereiro de 2008

"Aquí se nace, aquí la vida renace"

Nossa exposição vai ganhando divulgação.
Acesse o link no UOL aqui

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Exposição Fotográfica

24 de fevereiro de 2008


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A fotografia são os olhos do mundo

13 de fevereiro de 2008

Nossas viagens, nossas imagens, nossos olhares...

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No dedo

9 de fevereiro de 2008

(A estrada deixou marcas e lembranças)


A receita para se pegar carona na Patagônia é muito simples: paciência e mente aberta.
Explico...

Em alguns momentos da nossa viagem estivemos quase três horas na beira da estrada numa temperatura que beirava os dois graus, um vento assobiando no ouvido, malas jogadas no chão e a esperança indo embora cada vez que um raro automóvel se recusava a parar. Paciência. A saída era manter o bom humor (E isso foi garantido pelo André. Confesso que muitas vezes cogitei pegar um avião e voltar para casa).
Por outro lado, essa prática, segura e muito comum nessa parte do planeta, nos permitiu conhecer figuras interessantes nos 800 km que viajamos a base de carona.
O primeiro personagem, um sisudo chileno cujo nome nunca saberemos, rodou conosco por 90 km até a entrada para os Bosques Petrificados. Uma das poucas palavras que consegui arrancar dele foram: "Quiero volver a mi casita". Naquele momento senti que trocávamos sensações. Ele ia para a sua casa no Chile, e nós estávamos cada vez mais longe da nossa.
Naquele mesmo dia, encontramos um italiano que, a uns 120 km por hora, nos levou até a entrada do Bosque.
No dia seguinte, foi a vez do Marcelo, o caminheiro malandro de Buenos Aires, que teve um papel importante nessa nossa viagem. Falante, o portenho soltou uma frase que mudou o curso do nosso trajeto: "Mas se vocês chegaram até aqui, não podem deixar de ir à Terra do Fogo".
E é aí que entra o segundo elemento da receita: mente aberta.
Mais tarde, o ingrediente se reforçaria com um senhor que já havia rodado 1300km por estradas argentinas. Cansado, mas curioso, outro personagem determinou o nosso roteiro. Deixei que ele escolhesse entre ir a Rio Gallegos ou a Calafate, porta de entrada ao Glaciar Perito Moreno.
A escolha dele foi acertada.
Eis a estrada... esse pedaço de terra que nos leva, nos traz, mas que continua aqui. Basta ter paciência e mente aberta.

Edu

(o André trabalhou duro. Foi eleito o caroneiro oficial da viagem)

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O choro do Glacial

4 de fevereiro de 2008


"Toda música tem uma história, toda nota tem um segredo"
("Fuga" - filme de Pablo Larrain)

Nossa viagem pela Patagônia não foi marcada apenas pelas cores e formas da região. Os sons também tiveram a sua participação. O sopro do vento, o canto das águas e o grito dos animais foram a nossa trilha sonora que encheu de música a viagem solitária pela longa e silenciosa Ruta 3.
Mas a música mais triste veio do gelo, um som entoado por um velho senhor experiente chamado Perito Moreno, próximo à cidade de El Calafate. Esse glaciar estende-se por uma superfície de 250 km² e é considerado a terceira maior área de gelo do planeta (perdendo apenas para a Antártica e o Pólo Norte).
No entanto, pouco a pouco essa área vai perdendo sua magnitude. A cada ano, esse senhor, que acumula milhões de anos de informações, vai perdendo parte de sua história. As partes mais azuis são resultados do acúmulo de neve pressionada durante um longo período de trabalho, e que agora se desprende pouco a pouco. São os efeitos sentidos pela intervenção descontrolada do homem.
E então ele chora... Chora triste. E quem está ali, atônito, fica em silêncio e ouve o lamento ecoando em toda a região.
Nessa foto, conseguimos registrar parte desse momento. Ali, ele se entrega, cansado, e deixa-se perder uma parte. E por isso chora. Chora alto e dolorido.
Embora o Perito Moreno tenha desprendimentos constantes, às vezes a perda é maior como a que se vê nesse vídeo de 2006.
E é nesse momento que ele, triste, perde parte da sua história e do seu segredo.
Edu


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Com quantas cores se pinta um céu?

31 de janeiro de 2008


O verão patagônico surpreende.

São 17 horas de infinitas tonalidades de cores durante o mesmo dia. À noite, o sol se recusa a ir embora e insiste em manchar o céu com variadas possibilidades de amarelo, laranja e vermelho.



Em Puerto Pirámides, nosso primeiro grande destino na Patagônia, decidimos desafiar o céu e nos propusemos a esperar o fim do pôr-do-dol. Perdemos. Eram 11h30 da noite, e ele continuava a brincar de se esconder. Naquela noite, fomos para casa sem saber qual foi a última cor da paleta daquele pintor.

No Ushuaia, na Terra do Fogo, alguns minutos de ajuste da máquina eram fatais. As cores e o clima mudavam em questões de minutos. Perdemos várias vezes.
Não só de geleiras e pingüins se faz uma Patagônia, as formas e as cores também são personagens importantes.
Edu





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Gaiman - Cidade Galesa

23 de janeiro de 2008

A cidade ainda guarda as tradições da época colonial

Nossa planejada viagem começou a querer se "desplanejar" em Gaiman. E era isso que estávamos buscando.

Depois de alguns dias entre paredes de pedras gigantes em Puerto Pirámides, decidimos alugar um carro para ganhar um pouco mais de tempo, sair da rotina e economizar um pouco de dinheiro (um atitude nada de mochileira, mas que nos permitiu ir a lugares mais escondidos e dar uma organizada nas malas).

Passamos aquela noite em Gaiman, um vilarejo que um dia fora uma colônia fundada por galeses fugidos da Europa. As construções típicas da época colonial e a seqüência de álamos que protegem as plantações dos ventos dali nem parecem estar na desértica Patagônia.

A hospedagem no local fugiu do nosso orçamento ($98), mas foi suficiente para que pudéssemos tomar fôlego para seguir a descida à Terra do Fogo.

Edu

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Bosques Petrificados

14 de janeiro de 2008

( Bosques Petrificados - Jaramillo)




Na Patagônia, na lendária Ruta 3, encontra-se a entrada do Monumento Natural Bosques Petrificados. Sao impressionantes 15.000 hectares de uma estepe desértica onde repousam troncos de 150 milhoes de anos que foram petrificados pelas cinzas de vulcoes durante o período Jurássico.


As imensas árvores de 100 metros de altura que formavam o bosque naquela época desapareceram quando as Cordilheiras dos Andes, num movimento violento da Natureza, "decidem " vir à tona.


Mas a oportunidade única de testemunhar essa jazida fóssil tem o seu preço.


Os Bosques Petrificados estao a 140 km de Jaramillho (90 km pela Ruta 3 e mais 50km em uma estrada de pedra e areia). Mas como nao há transporte para chegar ali, tivemos que recorrer a uma velha prática patagônica: a carona.


Um caminhoneiro sério e calado nos levou ao km 2073 da estrada, onde fica o inìcio do caminho para parque, e ali ficamos 2 horas esperando que alguém nos desse outra carona.


Debaixo de um sol castigador e um vento patagônicos, comendo barrinha de cereal e tomando àgua, um italiano nos levou até a entrada do parque. Com ele ainda ganhamos um passeio grátis de montanha-russa. O ragazzo corria barbaridades numa estrada de rípio e cheia de curvas.


É o que se paga para voltar 150 milhoes de anos no Túnel do Tempo.





Edu

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Colônia

12 de janeiro de 2008

(Calle de los Suspiros, Colonia del Sacramento, Uruguai)

Finalmente chegamos em Buenos Aires e vamos tentar atualizar o blog.

Chegamos ao albergue de Colônia do Sacramento, no Uruguai, no dia 24/12/07, depois de ter andado mais ou menos 2 km carregando nossas mochilas, pois pedimos ao motorista do ônibus para parar perto do camping que vimos no guia. Porém acabamos descobrindo mais tarde que ele está fechado há 1 ano.
Colônia, a primeira cidade fundada no Uruguai, foi colonizada por portugueses. Sua origem ainda pode ser percebida pela típica arquitetura lusitana do século XVII e suas ruas de pedra.
O pequeno centro histórico é declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
É possível também conhecer as tradições hispânicas, como o bairro vizinho Real de San Carlos e suas ruínas espanholas.


(Antiga Praça de Touros, Real de San Carlos, Uruguai)


Colônia fica a apenas uma hora de Buenos Aires, cruzando o Rio da Prata em uma balsa. A opção mais econômica e rápida é o ticket vendido pela Colonia Express para embarque às quartas (R$ 45).



André

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Chegamos à Patagonia

3 de janeiro de 2008

Sao 5h20 da manha do dia 27 de dezembro. Estamos dentro de um onibus desde as 13h do dia 26.
Saímos de Buenos Aires sem ter noçao do que significa chegar tao longe, e acho que ainda vai demorar um pouco para entende-lo.
A caótica capital ficou para trás.
Agora, nessa Patagonia desértica e solitária que escolhemos passar os últimos dias do ano, o caos dá lugar à ordem; o ruído virou silencio; a estrada plana substituiu as esquinas perigosas da capital; os tons que mancham o céu deixam para trás os cartazes de cores vibrantes e apelativas dos comércios, e o que era uma visita, virou uma renúncia.
Edu

PS: Estamos saíndo hoje de madrugada para o Ushuaia, Terra do Fogo. A Internet por aqui é muito lenta e cara, por isso estamos devendo muitas histórias. Prometemos atualizar quando for possível.
Abraços a todos.

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