Ilha misteriosa

30 de julho de 2009


Hermanos,

nesta viagem fizemos algumas boas descobertas como uma ilha cheia de lendas e mistérios (e não é a Ilha de Páscoa).
Acessem a matéria publicada ontem no UOL:
http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/07/29/ult4466u635.jhtm
No link do texto, vocês também podem acessar as fotos da matéria.

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Nosso sexto aniversário!!!

28 de julho de 2009

Depois de lhe haver mostrado todas as maravilhas de Paris, perguntaram a um selvagem canadense que coisa lhe havia gostado mais. "Os açougues", disse.
(Lichtenberg)


Hoje, comemoramos meio ano de estrada. Talvez seja melhor contar em meses, assim enganamos a saudade.



Quando anunciamos a nossa saída, há dois anos, rostos desconfiados tentaram congelar nossos movimentos; preocupações financeiras quiserem deixar nossos pés fincados na sala de jantar; as famílias tentaram desviar o assunto; a dúvida quis prevalecer sobre a certeza; e os amigos... ahhh... os amigos...
Esses, sim, foram fundamentais. E até os mais pessimistas e desacreditados acabaram se rendendo aos fatos quando o dia do embarque, definitivamente, chegou.

Alguns ainda se enganam e gostam de imaginar que estamos passando longas férias por cidades alternativas do continente. Não podemos negar que estar em uma praia no arquipélago de Galápagos, em plena segunda feira de um julho brasileiro com frio e chuvoso, não é uma má idéia. Mas poucos ainda podem entender as renúncias necessárias para que pudéssemos permitir estar em todos esses lugares:



- Tivemos medo, mas ganhamos auto confiança e certeza de que essa experiência não poderia ter sido diferente;

- Passamos frio, mas visitamos rincões profundos e silenciosos não só dos fiordes da Patagônia, mas também da nossa alma;

- Sentimos calor, mas fomos pacientes na espera;

- Ficamos em dúvida, mas chegamos a lugares distantes;



- Erramos, mas também aprendemos e, se for necessário, começamos tudo de novo;

- Conhecemos pessoas, nesses seis países, que nenhum livro ou jornal se atreveriam a revelar suas existências;

- Fomos a alguns lugares óbvios, mas também decidimos fazer viagens que nenhuma agência ou companhia aérea seria capaz de oferecer, como a viagem da alma;


- Imaginamos, quisemos e chegamos (não, exatamente, nessa mesma ordem);

- Saímos, chegamos de novo e nunca mais conseguimos voltar de . Algumas experiências ficaram registradas, eternamente, no nosso DNA de experiências.

Já ultrapassamos os 30 mil quilômetros de estrada e ainda nos sobram algumas centenas mais até Caracas, na Venezuela. Mas 'um passo a frente e você já não está mais no mesmo lugar', como dizia o velho Science.
Gostaríamos apenas de dividir com vocês esse longo trabalho que teve hora para começar, mas que não consegue parar de querer acontecer.

Um bom viajante é aquele que não sabe onde foi. O viajante perfeito não sabe de onde vem.
(Lin Yutang)

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O projeto

26 de julho de 2009

A história dessa viagem pela América do Sul se parece à geografia da Patagônia. É mutante, insistente e sempre retorna, renovada, ao seu estado inicial.
O sonho de rodar, por terra, o continente sul americano começou quando os sonhos de adolescente ainda eram idéias ingênuas e idealizadas.
Mas os jovens se tornaram adultos e os sonhos insistiam em se repetir. Já não eram idealizações, eram necessidades.
Em 2007, a idéia virou palavra, foi parar em órgão públicos como projeto cultural, ganhou aprovações burocráticas, mas ainda não estava maduro para dar seus passos seguintes. Foram necessárias algumas novas experiências para que ele voltasse, fortalecido, a querer deixar de ser projeto e virar uma longa viagem.
E no dia 28 de janeiro de 2009, de malas nas costas e a cabeça cheia de dúvidas, deixamos São Paulo com direção ao Paraguai, nosso primeiro destino.



Este projeto surge do nosso interesse em aproximar culturalmente países sul-americanos e o Brasil através do registro de diferentes organizações sociais, costumes, manifestações culturais e a relação dessa gente com o meio ambiente presentes nos países vizinhos, pois essa região ainda é, ao mesmo tempo, tão próxima e tão distante do Brasil.


A História nos mostra que o nosso país esteve, e ainda parece estar, “de costas” para seus vizinhos latinos, uma vez que as afinidades e os interesses comuns estiveram orientados à Europa e aos Estados Unidos. Conseqüentemente, o imaginário que se tem dessa região vem carregado de representações sociais dominantes que acabam nos afastando dos vizinhos sul-americanos.

Queremos presentar e discutir com vocês outras imagens sobre eles e sobre nós mesmos.

Nosso projeto apresenta um novo olhar sobre a América do Sul. Queremos poder contar que essa parte sul do planeta não é apenas o lugar do carnaval e da violência, que aqui não há apenas belas praias e estações de esqui destinadas a poucos, que aqui não somos apenas um povo exótico de hábitos indígenas.

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Visita ilustre

25 de julho de 2009

Ainda temos muitas histórias para contar sobre o arquipélago de Galápagos, mas estou escrevendo esse breve "parêntese" para contar para vocês que recebemos a visita ilustre de uma amiga que veio até o meio do mundo para nos visitar:

Aeeeee!!! A velha amiga do Dé, com quem divido a amizade e o carinho, desembarcou na última segunda em Quito, no Equador, para nos fazer uma visitinha durante as férias dela. Considero essa visita uma forma de adiantar a nossa volta (pelo menos na alma) e diminuir a nossa saudade de todos vocês.
Os primeiro dias foram bem aproveitados:
Ela perdeu o medo de andar a cavalo, eu consegui fazer o meu andar e o André, para variar, foi o que mais se divertiu.


Visitamos museus, subimos no teleférico mais alto do continente, perdemos o ar aos pés do vulcão Cotopaxi e comemos o melhor abacaxi da vida dela.
Garanto que a Ana traz um pouquinho de cada um de vocês e assim fica mais fácil aguentar até o fim da nossa viagem.

Saudades!!!

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Errata

19 de julho de 2009

Hermanos,
foi tão grande a emoção de chegar em Galápagos que eu acabei confundindo 'foca' com 'leão marinho'. Os simpáticos 'cachorrinhos do mar' da última postagem são, na verdade, leões marinhos.
Vocês me desculpam?

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Chegamos a Galápagos

14 de julho de 2009

Amigos,
definitivamente, considero esse o ponto máximo da nossa viagem pelo continente sul americano. Já estamos em solo galapaguenho, a 1.000 km da costa continental, rodeado pelas águas furiosas e esverdeadas do Pacífico.

Chegamos na sexta feira passada e já vimos, em tão pouco tempo, animais como nunca tínhamos visto (não dessas espécies):

Tartarugas gigantes:
Iguanas terrestres (gigantes também):

Outras nem tanto, mas igualmente fascinantes:


Flagramos até um cuidadoso pós banho de um simpático pelicano, na praia:


Mas o mais impressionante, aconteceu hoje à tarde.
Caminhávamos pelo pequeno mercado de peixes de Puerto Ayora, na Ilha de Santa Cruz, quando encontramos duas focas que caminhavam entre os visitantes e os pescadores em busca de comida. Aqueles simpáticos animais pareciam pequenos cachorros passando a cabeça nas pernas dos vendedores em busca de alimento:



Os animais de Galápagos foram, durante séculos, os donos daquelas ilhas de origem vulcânica e muitos não carregam em sua carga genética o histórico de ataques humanos. Por isso, em todo o arquipélago é possível aproximar-se com facilidade desses fascinantes animais.

Agora deu para entender por que o velho Darwin ficou fascinado com a beleza única do Arquipélago de Galápagos e revolucionou a ciência?

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Ilha de Páscoa na revista Viaje Mais

12 de julho de 2009

Hermanos,
a revista VIAJE MAIS deste mês (edição 98) traz uma matéria nossa sobre a Ilha de Páscoa.

Nós ainda não pudemos vê-la. Se algum de vocês comprar, não deixe de nos contar como ficou.

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Matéria sobre as Reduções Jesuíticas

Queridos,

mais um trabalhinho nosso já está publicado:


"História, chucutre e mate no sul do Paraguai revelam as influências culturais no país"

(UOL VIAGEM)

http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/07/12/ult4466u627.jhtm

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Chegamos ao Equador

8 de julho de 2009

Todo cruzamento de fronteira é sempre estressante e exige atenção do viajante. Na desorganizada passagem entre o Peru e o Equador, a coisa não foi diferente.
Ônibus atrasado, informações desencontradas e policiais com aquela simpática e usual cara fechada.
O ônibus que tomamos fez um desvio e acabamos saindo do Peru sem o carimbo de entrada no Equador, ou seja, chegamos a ficar ilegais no novo país por algumas horas.
Fui obrigado a incorporar o meu lado argentino com sangue baiano para explicar para o motorista que precisávamos voltar à fronteira para os trâmites indispensáveis a qualquer viajante que ingressa a qualquer país diplomático. Ele resmungou algumas palavras, seguiu com as informações desencontradas e nos fez esperar uns longos minutos no terminal.
Três mais tarde desembarcávamos, com passaporte carimbado, em Machala, nossa primeira cidade no país. Se algum dia alguém convidá-lo para visitar essa cidade, desconverse e faça de conta que não é com você. Destino dispensável.
Passamos uma noite no lugar para organizarmos nossas malas, sacar dinheiro no banco (outro susto no país: a economia equatoriana é dolarizada e nossa viagem agora terá custo dobrado).

Mas a cidade seguinte foi a nossa primeira BOA surpresa no país: a arqueológica e colonial Cuenca.


Ruínas de Tomebamba, cidade inca construída sobre Guapondélig, cidade pré inca construída pelos cañaris.

Cento histórico de Cuenca

Estamos em Guayaquil, segunda maior cidade do Equador, aguardando o embarque para outro dos pontos máximos da nossa travessia: o Arquipélago de Galápagos, na sexta feira.
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Senhor de Sipán

7 de julho de 2009

Saímos da barulhenta Trujillo em busca de tranquilidade em alguma cidade menor e acabamos desembarcando em um lugar ainda mais caótico: Chiclayo.
Mas nesses cinco meses de viagem desenvolvemos a profunda técnica da relativização e focamos nossa atenção e energia para a visita seguinte: o complexo arqueológico dedicado a Sipán, senhor máximo dos mochicas, civilização do norte peruano entre os séculos I e VI d.C.



Começamos a visita pelo Complejo Arqueológico de Huaca Rajada, local onde se descobriu, em 1987, a impressionante tumba com os restos intactos de Sipán. Ali, esse importante senhor foi encontrado enterrado com um guerreiro , um sacerdote, duas mulheres, uma criança, animais como cachorro e lhama, e um guardião. Era uma completa travessia ao mundo espiritual, acompanhada também de jóias.


Ossada de guerreiro acompanhada de algumas oferendas.

O local impressiona pela conservação do material e pelos detalhes artísticos das obras encontradas. Mas ao terminar a visita, nos demos conta que não havíamos visto o maior atrativo da região: os famosos restos mortais de Sipán e descobrimos que havíamos ido ao lugar errado. O grande senhor mochica encontrava-se do outro lado da cidade.

E atravessamos Chiclayo para ver, com nossos próprios olhos, o que fora aquela importante sociedade. Porém, aquelas impressionantes imagens devem ficar apenas na memória.
Chegamos no local em um domingo, o que nos impossibilitou entrar ao museu como imprensa. Não é permitido tirar fotos no interior no Museu Tumbas Reales de Sipán.
Vamos ficar devendo essa!

Complejo Arqueológico de Huaca Rajada (Señor de Sipán)
entrada: $ 6
A 35 km a sudeste de Chiclayo.
Visitas de segunda a domingo das 9h às 17h.

Museo Nacional Tumbas Reales de Sipán
entrada $ 10
Tel: (074) 283-977 / 283-978
De terça a domingo das 9h às 17h.
www.tumbasreales.org
E lembrem-se: Não é permitido tirar fotografias no interior do museu. Mas eu juro que estivemos ali.

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Chan Chan

6 de julho de 2009

 

Os pés continuam pisando como inca e assim temos ido longe. Chegamos a Trujillo, no norte do Peru para visitar a Ciudadela de Chan Chan, um sítio arqueológico que remonta a um centro urbano pré hispânico. O local é considerado a maior cidade de barro da América.


Declarado Patrimônio Cultural da Humanidade, o local foi a capital do reino Chimú e conta com praças, moradias, ruas e templos erguidos em forma de pirâmide.

Mas o mais impressionante do local são as figuras de adoração aos deuses criadas por aquela civilização.


 


Ciudadela de Chan Chan
A 5 km ao noroeste de Trujillo.
De segunda a domingo das 9h às 17h. $ 11
Tome um táxi no centro ($ 10) e desça na entrada da Ciudadela (mais barato do que os tours organizados oferecidos na cidade)

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Sons e imagens

1 de julho de 2009

A sequência de sons noturnos da Amazônia é impressionante e aquele grito forte do macaco sobre a árvore nos deixou em alerta. Era o anúncio do que viria no resto da noite.
A sinfonia de pássaros no meio da selva combina com as risadas ingênuas das crianças em volta da vela acesa sobre a mesa.
Hoje é um dia especial. O André será o primeiro a participar do ritual xamânico com o Ayahuasca, um alucinógeno indígena feito com outra planta local chamada chacuruna. Mais do que ter visões coloridas, esse remédio natural é a cura e a porta de entrada para um mundo interior escondido.
A tenda já está preparada, coberta com tela branca para proteger o local das más energias e com folhas de manjericão espalhadas no chão.


Enquanto isso, lá fora, uma noite tão impressionante quanto às cores e sons do ritual xamânico.


Quando pensamos que o efeito da bebida amarga já passou, o xamã começa a entoar um canto em língua shipibo e toda a viagem começa novamente.
E assim, de experiências interiores, continuamos conhecendo sobre eles e sobre nós mesmos.

para melhor visualização acesse: http://sobreelesenos.blogspot.com

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