Os fatos

24 de novembro de 2007



A nossa história será escrita com imagens, letras e sons, como todas as boas histórias.

Nossas imagens serão as da América do Sul; suas letras, o que a gente daquele lugar quiser nos contar; e os sons, as melhores músicas que a região nos tocar.

Justo nesta semana em que o projeto "Sobre eles e sobre nós mesmos" dá mais um avanço (daquele que gela a alma e esfrega o seu rosto mais perto ainda do desafio), ouvi um poema do Chico Science (sim, o que ele fez só pode ser classificado como poema) que resume os nossos últimos meses de ansiosa espera por novas boas notícias.



"Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer. Deixar que os olhos vejam pequenos detalhes lentamente. Deixar que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, pra lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos morais, físicos ou psicológicos"
(Chico Science - Jorge Du Peixe)


E foi deixando que os fatos fossem fatos de fatos que o projeto no MINC deu mais um importante passo e em breve estaremos pensando novos fatos.
Edu






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Rituais

17 de novembro de 2007

"Vá até onde puder ver; quando lá chegar poderá ver ainda mais longe."
Goethe


Rituais são aquelas cerimônias que nos levam longe, ao mais ancestral da alma. Reunem pessoas, trazem à tona perturbações, elaboram-nas e indicam caminhos.
Participei de alguns nos últimos anos: católicos, africanos, budistas, espíritas, incas e indígenas. Encontrei-me em todos eles e deles saí renovado.

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A fotografia

13 de novembro de 2007

"A boa fotografia não precisa de cor"


" Você olha uma fotografia em preto e branco e se satisafaz com ela. A gama de tons entre o branco limpo e o preto absoluto, com todos os tons de cinza que estão ali, já satisfaz"



"Fotografia é geometria"




" A geometria está para a fotografia assim como a gramática está para o texto"




" Sem geometria não há fotografia"




Texto: Flávio Damm; Fotos: Eduardo Vessoni

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Onde estamos?

6 de novembro de 2007


Um estudo realizado pela Ipsos, empresa francesa especializada em pesquisa de opinião, divulgou que "77% dos brasileiros não acham São Paulo no mapa". Essa informação seria mais alarmante não fosse outra conclusão tirada pela empresa:"50% não conseguem achar no mapa múndi o seu próprio país".


Os resultados da pesquisa são dignos de arrepiar qualquer professor de Geografia ou História, esses profissionais que têm a dura missão de convencer-nos de que o rio Amazonas, por exemplo, tem 5.825 km com rios afluentes como Xingu, Tapajós e Jari.


Mas ainda há um consolo. A situação é pior quando o assunto é a América do Sul (para não irmos muito longe).


Nestes anos como professor de língua espanhola fui testemunha de frases memoráveis sobre a região como "lá na América Latina eles comem arroz e feijão?", "já que você vai pra Bolívia, você pode me trazer um charuto de Cuba"(???), "a Dinamarca é um país hispano-falante". Um pecado capaz de fazer qualquer jesuíta revirar no túmulo!!!


Mas logo esses alunos são perdoados.


Quando analisamos momentos históricos entre o Brasil e a América Hispânica, concluimos que esse não é um problema atual. Desde a chegada dos primeiros europeus em terras americanas, o nosso país esteve (e parece estar ainda) de costas para os vizinhos, uma vez que as afinidades e os interesses comuns estiveram marcados por uma tradição cujo centro era a Europa, e posteriormente os Estados Unidos.


Brasileiros conhecem muito mais sobre capitais européias e norte-americanas do que os fatos que acontecem logo ali depois do Rio Grande do Sul. Para eles, a América Latina fica muito mais distante do que os parques temáticos do complexo Disney.


Nosso projeto, em nenhum momento, pretende desenvolver teorias sobre a América Latina e os seus problemas políticos e sociais, reservamos esse papel a pessoas muito mais competentes para tal. "Sobre eles e sobre nós mesmos" é a necessidade, e o desejo, de transformar em letras e imagens as nossas (re)descobertas neste continente.


Para nós, não nos importa que o nosso público/testemunha seja capaz de apontar corretamente a Bolívia no mapa múndi, mas sim que ele se permita ir além do que já foi dito, ou imaginado, sobre a América do Sul.
Edu
"O Brasil é e, ao mesmo tempo, não é a América Latina" (M.Lígia Coelho Prado)





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