Frustrações

29 de agosto de 2009

Estamos deixando a Colômbia apenas 27 dias depois de ter colocado nossos pés nessas terras de paisagens exóticas...

Saímos do país no dia 27 de agosto não por falta de opções de imagens e nem desejo de continuar mais longe, mas por conta das 'burrocracias' dos serviços prestados por funcionários responsáveis pela entrada e saída de imigrantes em terrenos fronteiriços.

Quando saímos do Equador em direção a Colômbia, passamos pelo processo de aduana entre esses dois países, mas o 'simpático' e 'disposto' policial olhou para o André, disparou aquelas famosas perguntas inúteis e lhe carimbou o passaporte: 30 dias, período insuficiente para que se possa conhecer qualquer país do mundo para a elaboração de matérias sem estereótipos.

Intervim no processo e questionei o curto período do visto, uma vez que somos sul americanos. Sem olhar-me nos olhos, o funcionário comentou que se eu quisesse estender meu prazo de permanência no país, deveria solicitá-lo em alguma delegacia de polícia em qualquer cidade da Colômbia.

Em Cartagena, 20 dias depois, solicitamos outro visto e fomos surpreendidos com a exigência de um pagamento de uma taxa de R$70. (???)

E a partir daquele momento, fui vendo a nossa passagem pelo país ser reduzida.

A política imigratória para turistas não é clara e sabemos que brasileiros costumam ter 90 dias, como em qualquer país da América do Sul, e eu não financiaria o serviço de uma instituição que vê o turista como uma opção mais de arrecadação de dinheiro.

Fechei meu passaporte e, frustrado, comecei a arrumar as malas em direção a Venezuela, nosso último destino.

No entanto, as boas impressões (sobretudo as que se referem às imagens) já estão dentro das malas e queremos dividi-las com vocês, como os impressionantes dias em que estivemos em Cartagena, no Caribe colombiano.


(Forte San Felipe de Barajas - Cartagena)

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Sétimo aniversário!!!

27 de agosto de 2009

Há sete meses, quando desembarcamos perdidos em Assunção, joguei as malas no chão e acendi um cigarro. Não tínhamos certeza de nada, nem sequer uma reserva em um hotel...

Quem visse aqueles olhos assustados, não poderia imaginar as imagens das quais seriam testemunhas;

Quem segurasse aquelas malas pesadas, não seria capaz de entender como elas estariam mais leves (assim como as almas)...

Quem olhasse os mapas, jamais traçaria (ainda que em linhas tortas) um roteiro tão direto que ligasse o Paraguai, via Patagônia, com o norte do continente...

Ainda me lembro do dia 29 de janeiro quando a Dona Angèlica (a dona de um albergue em Assunção) nos perguntou para onde iríamos quando deixássemos a capital paraguaia. Abri um mapa e apontei o Caribe. Confesso que, naquele momento, me puni por estar enganando aquela senhora que nos havia aberto a porta da sua casa. Nem eu acreditava que pisaríamos solos de areia fina e água esverdeada.

Amanhã, completamos 7 meses sobre solo latino. E vocês não podem imaginar como tudo isso foi pleno e como as nossas almas começam a querer voltar para o braço dos amigos, o ombro da família, para o chão de casa (nem que seja para querer largar tudo de novo, algumas semanas depois).

E como ninguém é de ferro, decidimos passar nossa semana no Caribe, naquela ponta extrema do continente que fica tão longe do lado sul, onde começamos (como adolescentes ansiosos) uma viagem que ainda não entendemos como vai terminar.


(Cartagena de Indias - Colômbia)

Mas sete meses depois, chegamos, finalmente ao Caribe. Esse lugar me orgulha não por estar localizado em um trecho privilegiado do continente, mas por saber que desembarcamos aqui depois de haver percorrido mais de 40 mil quilômetros de estrada.




Saímos da sala de jantar para visitar outros cômodos da casa e vocês não podem imaginar o quanto isso foi difícil (e intenso). Não apenas sair, mas se manter com os pés firmes nesta estrada de terreno irregular e desconhecido.

Passamos alguns dias mais na região e, logo, começamos a cruzar a fronteira com a Venezuela.

Estamos chegando, amigos!!!

Acessem o novo site da viagem: http://www.sobreelesenos.blogspot.com/

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Novo site

25 de agosto de 2009

Hermanos,

acessem o novo blog da viagem que o Dezinho reformulou para a comemoração do nosso aniversário:
http://www.sobreelesenos.blogspot.com/

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revista Raça

24 de agosto de 2009


Hermanos,
segue o link da revista Raça Brasil (edição 136) com a nossa matéria em Tocaña, na Bolívia.

Abraços,

http://racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/135/artigo149982-1.asp

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Pucón

21 de agosto de 2009



Ela é bela, cara e radical...

Seguimos mandando notícias ao mundo sobre a nossa pequena volta pelo imenso continente sul americano.
Acessem a nova matéria publicada no UOL VIAGEM sobre Pucón, a bela e radical cidade do sul chileno:
http://viagem.uol.com.br/guia/cidade/pucon_index.jhtm

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Raça Brasil

16 de agosto de 2009

Hermanos,
nossa viagem não tem mesmo cor definida e agora assume os tons fortes da cultura afro boliviana de Tocaña.
A revista Raça Brasil, edição do mês de agosto, traz uma matéria nossa sobre uma curiosa comunidade afro localizada na pré selva amazônica.
Vale a pena conferir e descobrir que as cores da Bolívia vão além dos traços coloridos indígenas de La Paz.

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Colômbia subterrânea

14 de agosto de 2009


Vou poupá-los de ouvir a velha e constante história dos aborrecimentos durante mais um cruzamento de fronteiras e vamos direto para a fundo da terra.
Nossa primeira parada (válida, entre tantas outras paradas) foi na distante e misteriosa San Agustín, no sul da Colômbia. Sobre o que vimos, ninguém sabe, ninguém viu (nem os próprios colombianos).

Essas imensas estátuas, que chegam a medir mais de 5 metros de altura, são tão discretas que nem a história do país foi capaz ainda de entender o que significaram para aquelas comunidades do sul do país.
Acredita-se que foram imensas decorações colocadas ao lado de tumbas que guardavam restos mortais de membros da cultura agustiniana.
E para ver o que significavam aquelas histórias profundas que até hoje guardam segredos indecifráveis, seguimos para a vizinha Tierradentro e descobrimos, na prática, a origem do nome.
Depois de algumas caminhadas dignas de filme de Indiana Jones,


(Na falta de turista na baixa temporada, o André tem sido meu melhor modelo fotográfico para preenchimento de espaços vazios em fotografia)

fomos ao mais fundo da Colômbia:




(Parque Arqueológico de Tierradentro)
Visitar aquelas terras nos custaram longas e desesperadoras horas de viagem em busetas que levavam sete horas para cruzar inofensivos 150 km entre Popayán e San Agustín. Mas para conhecer segredos de três mil anos, a Pacha Mama faz algumas exigências.

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Penúltimo país

13 de agosto de 2009

Chegamos!!!

E anda bem desatualizado quem ainda pensa que este incrível país com vistas para o Pacífico e para o Mar do Caribe é feito apenas de narcotráfico, salsa e guerrilha.

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Otavalo - a maior feira da AL

11 de agosto de 2009


Um dos nossos últimos destinos com a Ana foi Otavalo, a alguns quilômetros da fronteira do Equador com a Colômbia.
O maior destaque do destino não é nenhuma construção monumental, nem ruínas de origem inca. O atrativo fica em plena rua e é considerado a maior feira ao livre da América Latina.

A feira de artesanatos (e outras centenas de quinquilharias mais) da Plaza de Ponchos, criada em 1929, acontece, diariamente. Mas é aos sábados que a cidade se confunde entre toldos coloridos, perde esquinas e se transforma em uma grande feira latina.

Tem de tudo:
Comida para levar...


Comida que ainda espera ser levada...


E outras que quase viraram comida...



Cores,formatos e até um curioso leilão que leva o produto quem dá menos são algumas das curiosidades de sábado.



E assim seguimos viagem para conhecer mais sobre eles e sobre nós mesmos (só que agora acompanhados).

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Assim disse a Ana...

1 de agosto de 2009

O trabalho dos sonhos, segundo a maioria, é aquele que proporciona o constante deslocamento para lugares desconhecidos, paradisíacos, diferentes e sem nenhum sinal de rotina. Assim como férias permanentes.
Essa deve ter sido a impressão de todos ante o anúncio da grande viagem latino americana protagonizada pelos queridos Dé e Du.

Impressão reforçada pela atualização constante deste blog e pelos textos instigantes.
Todavia, parte dessa sensação de deslumbramento ficou para trás após o meu desembarque em Quito, no Equador. Aqui, descobri que não é nada fácil o caminho a ser percorrido antes de qualquer publicação ou atualização das notícias.
(Foto tirada por mim depois da subida até o refúgio do vulcão Cotopaxi. O Edu está parecendo 'doente de desenho animado', com gorrinho e tudo)
Ao acompanhar os meninos, percebi que a vida na estrada exige muito: o convívio diário com a saudade, a falta de conforto, a dificuldade para conseguir comida de qualidade, o contar moedas, a cama dura e barulhenta de alguns hotéis, a falta de estrutura para trabalhar, o desgaste físico, o calar-se ante certos hábitos locais (para nós inadmissíveis), a vigília permanente dos pertences, a natureza implacável, as diferenças climáticas, o chacoalhar dos ônibus velhos latinos, o apunar, o regaton, dentre diversas outras coisas difíceis de serem listadas. Tudo isso faz parte da vida de quem decide tomar um rumo diferente do convencional e se aventurar no mundo para exercer a verdadeira vocação.
(Subida ao vulcão Cotopaxi, no Equador)
Todos esses inconvenientes, apesar de física e psicologicamente abaláveis, são recompensados pela realização pessoal e deveras profissional (ainda que o caminho a ser trilhado esteja apenas na metade). Mais do que perdas, há ganhos:
o abacaxi doce equatoriano, o canelaço de Quito, as paisagens únicas dos Andes, a liberdade, a falta de rotina, os sabores, os cheiros, a grande novidade sempre presente no cotidiano...
Essas foram as minha impressões nestes poucos dias em Quito e Otavalo, apenas um pedacinho de todas as emoções e imagens vivenciadas por essas duas pessoinhas extraordinárias!!!
Ana Paula

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