Parece que estamos chegando...

23 de novembro de 2009 2 Comentários



´O caminho nunca dorme´
(Catupecu Machu)

Parece ridículo, mas voltamos para São Paulo, há quase dois meses, mas ainda tenho a sensação que não cheguei.

O corpo ainda estranha a roupa com cheiro de casa;
Os pés não se acostumam a pisar o mesmo solo por muito tempo;
Os olhos não se cansam de procurar novas cores;
Os amigos não se cansam de quererem matar a saudade;
As histórias não se repetem, um dia sequer;
E eu ainda não me dei conta de que desembarcamos de uma viagem de quase nove meses de estrada, 84 cidades visitadas, mais de 40 mil quilômetros e, pelo menos, o dobro do número de histórias e sensações.

Ainda estamos longe, mas bem mais perto.
Por isso, desculpamos algumas ausências, alguns silêncios e alguma falta do que falar.
O silêncio tem sido uma vitamina estimulante para as nossas almas.

Obrigado a todos aqueles leitores/testemunhas que nos deram o ânimo necessário para seguirmos viagem.
Ao velho e eterno irmão espiritual que me ensinou a pisar como inca, Fred;
À preocupação ingênua (mas cautelosa) da velha amiga, Érika;
À curiosidade e a precoupação (não necessariamente nessa mesma ordem) da minha alma, Chris;
À força sobrenatural e estimulante da aprendiz que virou mestre, Simone, do Brasil;
À poesia profunda, escrita no fundo da alma, de uma de minhas grandes mestras, Simone (que lá das terras geladas, aqueceu-se com nossas palavras aprendidas na terra da Pacha Macha e de Tupã;
À curiosidade infantil e ingênua (mas de ouvidos interessados) da caçula dos nossos tripulantes virtuais, Suellen;
À voz aflita que nos atendia na calada da noite, quando as nossas almas estavam vazias de amigos conhecidos, Cleide;
À menina irriquieta que, não se contentando com o que ouvia, resolveu fazer as malas e ir lá longe para conferir, de perto, o que estávamos fazendo, Ana;
E a todos os outros que andavam por aqui para bisbilhotar (e dividir) um pouquinho o que estava acontecendo.

Estamos de volta, mas 'o caminho nunca dorme'.



2 comentários:

Chris disse...

Parece que vocês ainda estão chegando e a minha sensação é que, em breve, vocês estarão partindo...agora, a alma criou asas, os olhos precisarão de cores novas e os pés não ficarão mais quietos.
Já passamos por alguns momentos de despedidas...e confesso que ainda não me acostumei e doi um pouco a idéia de vê-los partir novamente...mas também aprendi o quanto é gostoso recebê-los de volta, sentir vocês fisicamente presentes, aguardar pacientemente o silêncio que ajuda a compor a formas e depois, começar a senti-los com a alma...como sempre é e sempre será. Após ler essa postagem, vi novamente o vídeo que vc deixou aqui na Seven, na primeira despedida...e acho que vale a pena deixar aqui a mesma mensagem...leia (ou ouça) com um olhar que caminhou por grandes estradas e várias fronteiras e que hoje olha pra si, lá pra dentro.

Coisas da Vida:

Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
É o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida
No fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte
Uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral?
Qual vai ser o final
Dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer
Por isso eu digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho

SILÊNCIO. ELE DIZ TUDO O QUE VOCÊ PRECISA OUVIR!

Beijos
Chris

Chris disse...

Parece que vocês ainda estão chegando e a minha sensação é que, em breve, vocês estarão partindo...agora, a alma criou asas, os olhos precisarão de cores novas e os pés não ficarão mais quietos.
Já passamos por alguns momentos de despedidas...e confesso que ainda não me acostumei e doi um pouco a idéia de vê-los partir novamente...mas também aprendi o quanto é gostoso recebê-los de volta, sentir vocês fisicamente presentes, aguardar pacientemente o silêncio que ajuda a compor a formas e depois, começar a senti-los com a alma...como sempre é e sempre será. Após ler essa postagem, vi novamente o vídeo que vc deixou aqui na Seven, na primeira despedida...e acho que vale a pena deixar aqui a mesma mensagem...leia (ou ouça) com um olhar que caminhou por grandes estradas e várias fronteiras e que hoje olha pra si, lá pra dentro.

Coisas da Vida:

Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
É o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida
No fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte
Uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral?
Qual vai ser o final
Dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer
Por isso eu digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho

SILÊNCIO. ELE DIZ TUDO O QUE VOCÊ PRECISA OUVIR!

Beijos
Chris

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...