Mais do que conhecer um dos trechos mais verdes do planeta, chegamos ao território amazônico com o objetivo de ir um pouco mais além das imagens com animais selvagens.
Quando estávamos registrando uma antiga tradição local, conhecida como Salto del Chunto, o misterioso José se aproximou e nos fez uma proposta irrecusável.
O velho índio de origem shipibo acabara de saber que estávamos na região em busca de boas pautas e convidou-nos para passar alguns dias na sua tribo e participar de alguns rituais com o xamã local acompanhados do alucinógeno Ayahuasca.
Nesses cinco meses de viagem, o André e eu já desenvolvemos vários códigos corporais em que, com apenas um olhar, conseguimos travar um longo e silencioso diálogo. Nos olhamos e, claro, acabávamos de aceitar a proposta.
No dia seguinte fomos recebidos com uma desorganizada, mas genuína, dança de boas vindas: uma apresentação feita pelas crianças da tribo:
E o dia seguiu numa agradável sequência de boas novas sensações que renovavam a nossa energia cansada de quase cinco meses fora de casa.
Viajamos de canoa:
A frágil canoa se movimentava a cada pequena embarcação que passava ao nosso lado. Mas o nosso shipibo remador avisou, diante dos meus olhos arregalados e desesperados, que aquela canoa não virava nunca. "É só ter concentração", ensinou Dario.
E foi o que fizemos:
Mas também, fomos às compras:
E caminhamos na selva:
Santa Clara, como se chama a comunidade indígena, não tem luz elétrica e nenhum serviço parecido a nada que conhecemos em qualquer centro civilizado. Por isso, quando o sol se ia, nossa rotina era deitar na rede dentro da cabana escura e inventar a nossa noite.
Mas naquele dia, a coisa foi diferente. Era pouco mais de 7 da noite, o céu já havia assumido um tom negro e estávamos na porta da cabana, fumando um cigarro, quando um macaco aranha deu um grito prolongado...
(continua...)
para melhor visualização acesse: http://sobreelesenos.blogspot.com
A proposta amazônica no Peru
30 de junho de 2009 Postado por Nós às 11:01 Marcadores: Peru Comente
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